26 de outubro de 2011

Segurança x Liberdade




Segurança. Para muitos, segurança significa ter uma vida estável, livre de preocupações que o dinheiro pode comprar e que o status pode impor. Muitos, quando galgam esse patamar, deparam-se com um estado de estagnação e ali permanecem por acreditarem que já alcançaram tudo o que uma vida segura pode oferecer. Caem na rotina e a vida vai ficando sem graça. Segurança, vista desta forma, pode ser uma armadilha.

O tempo é implacável e não volta. Nenhum dia é igual ao outro e cada dia traz oportunidades que provavelmente não mais acontecerão. Ficar preso em um momento, não arriscar, não encarar os medos, não sequer chegar a tentar, emperra o processo evolutivo, o refinamento e deixa a visão nublada.

Uma existência muito estável impede o crescimento porque o conforto obtido leva à comodidade e se não há grandes sonhos e iniciativa para mudanças, a vida arrebata a pessoa ao invés dela marcar sua trajetória de forma significativa.

Fazer acontecer demanda empenho. Correr riscos, encarar o novo para que novo aconteça são atitudes que fazem parte do processo, ampliam os horizontes, clareiam as ideias que, se postas em prática de forma ética, resultam em sucesso, em uma melhor qualidade de vida.

Fazer acontecer aumenta a auto-estima que, por sua vez, garante uma vida segura, já que os percalços da vida são encarados como etapas de crescimento, afirmando a capacidade que temos de superar obstáculos. É uma segurança que não inibe a liberdade de ação, que agrega conhecimento e, consequentemente, permite uma vida mais feliz.

Esse ponto vale uma reflexão: quem é o homem mais feliz? Aquele que enfrentou as tempestades que surgiram em sua vida ou aquele que se agarrou à segurança estagnada e não viveu, apenas existiu?

Sádhaka Luciana Kwok

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