25 de junho de 2013

Relacionamentos afetivos e a Quinta Norma Ética

Aparigraha: Não possessividade

Relaciomento afetivo

Não possessividade significa não apegar-se a coisa alguma, carro, apartamento, bens pessoais, e inclusive pessoas. A possessividade em relacionamentos é muito comum e pode existir entre familiares, amigos, colegas, etc. Porém, o relacionamento em que costuma ser mais problemática é no afetivo.

Nele você entra por conta própria, não é como a família em que você nasceu, ou os amigos que aos poucos foram se aproximando. A relação afetiva normalmente surge de uma amizade, porém é a partir do momento em que ela muda de forma, tornando-se afetiva, e passa a ser outra modalidade de acordo social, que se declara implicitamente a possibilidade de ser desfeito a qualquer hora (de acordo com as circunstâncias). Esse possível fim pode acarretar, na maioria das pessoas, uma grande insegurança, dando espaço para sentimentos menos nobres, como ciúmes e apego exagerado.

Todo comportamento é uma questão cultural, é um paradigma. Para muitos, o apego é considerado normal, pois é aceito como uma forma de demonstrar afeto. Entretanto, analisando-se mais de perto, ele demonstra muito mais medo da perda do que qualquer outra coisa. É uma forma de deixar clara a dependência em relação ao companheiro. Algo mais próximo da obssessão do que de outros sentimentos.

Tornar-se obsessivo com alguém querendo-o só para si, além de ser puro egocentrismo e extremamente deselegante, demonstra uma certa falta de respeito com o parceiro(a).

Há casos extremos, e outros mais leves, como uma cara emburrada por ciúmes. Contudo, qualquer demonstração de possessividade não é saudável, nem para quem demonstra, nem para aquele que sofre este abuso, e menos ainda para as outras pessoas, que eventualmente estiverem presentes, constituindo falta de educação e politesse.

O ideal para evitar essas emoções é ter conversas francas e frequentes com o seu companheiro(a), parando de encarar o relacionamento como um duelo, mas sim como um dueto, em que os dois se querem bem, e fazem o possível para que o outro esteja feliz. Com companheirismo, amizade e união, que são imprescindíveis.

De qualquer forma, devemos sempre nos lembrar do preceito moderador, que indica que a falta de possessividade não nos direciona para a falta de zêlo, ou de cuidado para com a pessoa escolhida. É preciso usar o bom-senso para saber se estamos sendo apenas zelosos, ou exageradamente obsessivos. Na ausência desta qualidade, procure exemplos, entre aqueles com quem você convive, e verá que não é tão difícil mudar um paradigma.

22 de junho de 2013

Vamos Revolucionar!

Motivado pelos surpreendentemente poderosos protestos que estão acontecendo em todo país, gostaria de inaugurar uma manifestação pacífica.

Ficaremos muito felizes se pudermos contar com sua participação.


Vamos revolucionar!


Nossas reivindicações são a favor de uma melhor educação, melhor saúde e melhores políticas públicas.

Ou seja, somos:

Contra roubar, mesmo se ninguém for sentir falta

Contra mentir pra se dar bem
Contra dirigir alcoolizado ou drogado
Contra pichar os muros das cidades
Contra atropelar e não prestar socorro
Contra tratar os filhos sem carinho
Contra tratar os pais sem amor e atenção
Contra ensinar sem paixão ao cuidar de um aluno
Contra desrespeitar seu professor em qualquer hipótese
Contra sem insensível com um paciente
Contra tratar seu médico ou dentista com ingratidão
Contra agredir, xingar ou desrespeitar no trânsito
Contra depredar o patrimônio público
Contra jogar lixo nas ruas
Contra desperdício de qualquer natureza
Contra jogar pacotes de comida e bitucas de cigarro pela janela do carro
Contra deixar de cumprimentar o caixa do supermercado
Contra deixar de dar bom dia ao entrar em um elevador ocupado
Contra deixar de bater papo com o porteiro
Contra deixar de se matricular os filhos na escola
Contra esquecer-se de apoiar um amigo que precise
Contra trabalhar só pelo salário
Contra criar discórdia entre companheiros
Contra bater na esposa e nos filhos
Contra enganar os clientes
Contra usar regimes semi-escravocratas para maximizar lucros
Contra bater carteira
Contra urinar no chão do banheiro que não é da sua casa
Contra sempre colocar a culpa nos outros
Contra ser intolerante
Contra deixar de defender o que acredita com boa educação
Contra deixar de sorrir com alegria e abraçar com intensidade ao reencontra uma pessoa querida
Contra esquecer-se de elogiar o namorado ou a namorada
Contra fazer picuinha
Contra descumprir a palavra
Contra deixar de olhar nos olhos com respeito
Contra imaginar-se melhor que o outro
Contra maltratar animais
Contra perder o espírito esportivo
Contra vencer com desonestidade
Contra impor sua opinião
Contra deixar de assumir a responsabilidade ao prejudicar alguém
Contra menosprezar os sonhos dos outros
Contra brigar à toa
Contra brigar
Contra qualquer tipo de violência
Contra usar armas de qualquer natureza
Contra jogar bombas em supostos inimigos

Contra fabricar bombas
Contra a guerra
Definitivamente contra a guerra

Essa manifestação tem início nesse segundo e fim indeterminado

Espero contar com a sua presença nesse movimento


Texto de Daniel Suassuno - Diretor da Unidade Asa Norte - Brasília DF