Aparigraha:
Não possessividade
Relaciomento afetivo
Não possessividade significa não apegar-se a
coisa alguma, carro, apartamento, bens pessoais, e inclusive pessoas. A possessividade em
relacionamentos é muito comum e pode existir entre familiares, amigos, colegas,
etc. Porém, o relacionamento em que costuma ser mais problemática é no afetivo.
Nele você entra por conta própria, não é como a
família em que você nasceu, ou os amigos que aos poucos foram se aproximando. A relação afetiva normalmente surge de uma amizade, porém é a partir do momento em que ela muda de forma,
tornando-se afetiva, e passa a ser outra modalidade de acordo social, que se declara implicitamente a
possibilidade de ser desfeito a qualquer hora (de acordo com as circunstâncias).
Esse possível fim pode acarretar, na maioria das pessoas, uma
grande insegurança, dando espaço para sentimentos menos nobres, como ciúmes e apego
exagerado.
Todo comportamento
é uma questão cultural, é um paradigma. Para muitos, o apego é considerado normal, pois é aceito como uma forma
de demonstrar afeto. Entretanto,
analisando-se mais de perto, ele demonstra muito
mais medo da perda do que qualquer outra coisa. É uma forma de deixar clara a dependência em
relação ao companheiro. Algo mais próximo da obssessão do que de outros
sentimentos.
Tornar-se obsessivo com alguém querendo-o só para
si, além de ser puro egocentrismo e extremamente deselegante, demonstra uma
certa falta de respeito com o parceiro(a).
Há casos extremos, e outros mais leves, como
uma cara emburrada por ciúmes. Contudo, qualquer demonstração de possessividade
não é saudável, nem para quem demonstra, nem para aquele que sofre este abuso,
e menos ainda para as outras pessoas, que eventualmente estiverem presentes,
constituindo falta de educação e politesse.
O ideal para evitar essas emoções é ter
conversas francas e frequentes com o seu companheiro(a), parando de encarar o
relacionamento como um duelo, mas sim como um dueto, em que os dois se querem bem,
e fazem o possível para que o outro esteja feliz. Com companheirismo, amizade e
união, que são imprescindíveis.
De qualquer forma, devemos sempre nos lembrar
do preceito moderador, que indica que a falta de possessividade não nos
direciona para a falta de zêlo, ou de cuidado para com a pessoa escolhida. É
preciso usar o bom-senso para saber se estamos sendo apenas zelosos, ou exageradamente
obsessivos. Na ausência desta qualidade, procure exemplos, entre aqueles com
quem você convive, e verá que não é tão difícil mudar um paradigma.