
O que adianta ser um aluno exímio em ásanas, fazer belíssimas coreografias se você não estiver integrado por inteiro com as características do método? A prática de gurusêvá é parte destas características. O aluno que entende isso e rapidamente se torna um gurusêvin (1) é quem mais se desenvolve em Nossa Cultura, mais do que aquele que só se dedica a práticas técnicas.
Uma das características do SwáSthya Yôga é o público identificado. As qualidades de um swástha (2) são: humildade, senso de hierarquia, disciplina, capacidade de relacionamento interpessoal, boa imagem, boa aparência, ótima educação, tratamento refinado, excelente nível cultural etc.(3)
Para estas pessoas o gurusêvá é parte do aprendizado. É algo que elas podem desfrutar tanto devido à satisfação interna quanto pela alegria externa promovidas. Quando o gurusêvin chega mais cedo e prepara o chai, por exemplo, mesmo aquela ação sendo desinteressada, ele agrada àqueles que desfrutarão diretamente daquela gentileza. Isso agrega capacidade de sensibilidade e observação ao indivíduo, e lhe releva uma série de descobrimentos que vão aprofundar sua experiência de vida e aprendizado, gerando assim forte alegria interior.
Parte dessa capacidade adquirida se reflete diretamente, contribuindo positivamente para o relacionamento interpessoal. No texto Libelo pela Compreensão – Nossa Cultura Só Existe Com Bom Relacionamento Humano, DeRose, evidencia como a sensibilidade no relacionamento humano é valorizada e fundamental na formação do swástha.
(1) Gurusêvin designa a pessoa que pratica gurusêvá, no masculino. No feminino: gurusêviní.
(2) Praticante de SwáSthya.
(3) DE BONA, Rodrigo, A Parábola do Croissant, Uni-Yôga, 2a edição, 2007, página 57.
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